Escola de Ensino Médio Francisco Jaguaribe
Rua Cel. Raimundo Francisco,
Centro – Jaguaruana-Ce / CEP: 62823-000
Fone: (88) 34181666 – e-mail: fjaguaribe2010@gmail.com
Cod. INEP: 23127171 CNPJ:
PROJETO
Rio Jaguaribe: caminhos para um desenvolvimento sustentável no município de Jaguaruana-Ce
Jaguaruana-Ce
Setembro de 2010
Escola de Ensino Médio Francisco Jaguaribe
Rua Cel. Raimundo Francisco,
Centro – Jaguaruana-Ce / CEP: 62823-000
Fone: (88) 34181666 – e-mail: fjaguaribe2010@gmail.com
Cod. INEP: 23127171 CNPJ:
PROJETO
Rio Jaguaribe: caminhos para um desenvolvimento sustentável no município de Jaguaruana-Ce
Hermes Vinicius Venancio Silva
Antonio Rodrigo Vale Silva
Ismael de Angelis Moreira
Joao Joel de Oliveira Neto
Paula Renata de Oliveira
Francisco Evanildo Pereira
Prof. Coordenador do Projeto
Jaguaruana-Ce
Setembro de 2010
APRESENTAÇÃO
O município de Jaguaruana, Estado do Ceará, localizada no vale do Jaguaribe, a 180 quilômetros de Fortaleza, Capital do Estado é uma cidade que tem aproximadamente 31.000 habitantes e, como na maioria das cidades cearenses, tem como fonte de renda a agricultura de subsistência, a prática do artesanato e a exploração mineral. Dentre estes, destacam-se o artesanato da rede de dormir, bastante desenvolvido e praticado por uma ampla faixa populacional bem como a implantação e o desenvolvimento de agroindústrias que utilizam a prática da fruticultura irrigada e a carcinicultura como atividades exportadoras.
Embora sendo cidade pequena, Jaguaruana tem um setor comercial relativamente desenvolvido e um setor industrial que conta com indústrias do setor têxtil, fiação, minerações, cerâmicas, fábricas de redes, de colchões, além de várias micro-empresas que desenvolvem atividades comerciais.
Cortada de oeste a leste pelo rio Jaguaribe, numa extensão de aproximadamente 45 quilômetros, tem neste seu principal eixo de desenvolvimento, pois suas águas, além de garantir o abastecimento da rede pública para o consumo humano, também garante o abastecimento para utilização da irrigação de pequenos, médios e grandes projetos agrícolas, além de abastecer as fazendas de criação de camarão.
Outro aspecto que também é proporcionado pelo rio Jaguaribe é o lazer. Este é explorado em vários pontos ao longo do rio e atrai um considerado número de pessoas que procuram nestes ambientes um espaço de diversão e socialização.
Porém, o aspecto que mais tem sofrido impacto com a exploração ambiental do rio Jaguaribe são os ribeirinhos. Estes estão perdendo seus espaços que utilizavam para o cultivo das lavouras que garantiam sua sobrevivência. Além da desapropriação territorial que expulsam os ribeirinhos, este processo também promove sua desculturação, aspecto que descaracteriza sua identidade.
A degradação ambiental também tem proporcionado um impacto preocupante principalmente com a exploração mineral através da retirada da areia de forma excessiva pelos empresários do ramo da construção civil e a retirada da vegetação das margens, tais como as carnaubeiras, as oiticicas, as canafistulas, pau-branco, entre outras, que compõem a mata ciliar.
O Rio agoniza, seu leito arrasta-se diante dos olhos de todos denunciando silenciosamente seu trágico fim, pedindo socorro na esperança de voltar a ser novamente um rio.
JUSTIFICATIVA
Conhecer, pesquisar, discutir as realidades estabelecidas, questionar as políticas instituídas são atitudes próprias do homem em suas ações interativas com a sociedade. E, quando estas atitudes estão fundamentadas no campo científico, tornam-se instrumentos para o desenvolvimento social, político e educativo.
Desta forma, as instituições educacionais, principalmente as academias, através de seus professores e alunos têm um papel fundamental, o de promover educação voltada para o desenvolvimento dos indivíduos e das sociedades, numa perspectiva transformadora, construindo no homem capacidades múltiplas de conviver em sociedade conservando seu ambiente.
Pautados nesses pressupostos, observamos a necessidade urgente de aprofundar e discutir a importância do Rio Jaguaribe, enfocando contexto do município de Jaguaruana, onde um grande número de famílias que vivem ao longo de seu leito sofrem co os impactos gerados principalmente pela a ausência de uma política de formação voltada para a preservação e conservação dos recursos naturais e pela prática exploratória e degradante das empresas agroindustriais.
Assim, proporcionamos aos alunos participantes deste Projeto e a sociedade local conhecer o contexto geoambiental, econômico e social, e os principais problemas que este espaço hídrico convive, tais como a não perenidade, a assoreamento, a erosão, a perda da mata ciliar, a exploração mineral e a degradação ambiental com a utilização de seu leito como depósito de lixo.
Justifica-se, a necessidade urgente de discutir com as instituições públicas e a sociedade civil questões como poluição, assoreamento, políticas públicas para o bom uso das águas, recursos hídricos, irrigação entre várias outras temáticas que envolvem diretamente a garantia e a preservação deste espaço para a sociedade.
OBJETIVOS
A água é o recurso natural fundamental para a existência da viva no planeta. Assegura a preservação deste recurso é garantir a vida. Desta forma, observamos que o rio Campo Grande é fonte natural de água e de grande importância para o desenvolvimento socio-econômico dos ribeirinhos e de nosso município, pois o mesmo abrange uma área de solo extremamente rico e propício para a sustentabilidade do homem no seu espaço natural. Dentro deste contexto, temos como objetivos:
§ Analisar as características naturais e os impactos ambientais provocados pelas agroindústrias e pelos ribeirinhos na extensão do Rio Jaguaribe em Jaguaruana;
§ Registrar através de pesquisas entrevistas a história do Rio Jaguaribe e sua Importância para o município;
§ Desenvolver um blog para registrar e publicar as realidades encontradas, utilizando este como canal principal de exposição das atividades realizadas;
§ Promover campanhas educativas na perspectiva de alertar
§ Disponibilizar á sociedade, um trabalho de cunho científico, que identifique as características do rio Jaguaribe, seu contexto geoambiental, social, cultural e econômico;
§ Desencadear discussões, seminários, projetos, programas e campanhas que desenvolva conhecimento sobre o Rio e promova a sensibilização, bem como a educação na utilização dos recursos extraídos do rio Jaguaribe.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desta pesquisa utilizaremos como procedimentos metodológicos pesquisas empíricas e pesquisas de campo para a construção do acervo histórico relacionado com a temática.
Nesse sentido, a metodologia do trabalho será norteada no sentido de atingir uma compreensão do contexto ambiental e suas transformações sofridas face às intervenções praticadas pela ação humana e natural.
Nessa perspectiva o desenvolvimento do trabalho será processado, registrando-se as seguintes atividades:
§ Composição do grupo de trabalho com os alunos da escola;
§ Elaboração do cronograma de atividades;
§ As leituras empíricas onde serão coletadas informações constituídas em trabalhos científicos, disponíveis em livros, trabalhos monográficos, páginas eletrônicas, documentações oficiais, os quais serão analisados e catalogados;
§ Aula de campo para colher entrevistas orais com ribeirinhos, agroindustriais, administradores públicos, comerciantes dos pólos de lazer, pescadores e usuários;
§ Transcrição, catalogação e analise das informações e dados obtidos e elaboradas as compreensões, conceitos e pressupostos sobre as questões teóricas do rio Jaguaribe no município de Jaguaruana;
§ Elaboração da apresentação do trabalho através de relatórios, e apresentação de slides;
§ Apresentação do trabalho a comunidade escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CIÊNCIAS HOJE. Revista Ciências Hoje, vol. 33, nº 197 p. 68/70.
IPLANCE, anuário estático do Ceará, 1995 / 1996. Fortaleza , 1997.
LIMA, Luiz Carlos et alli. Diagnóstico sócio – econômico do baixo Jaguaribe. 1997. Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SDU- Secretaria Estadual de Meio Ambiente- SEMACE
SEBRAE/CE – Perfil Sócio- Econômico de Jaguaruana. Serviço de apoio às micros e pequenas empresas , 1999.